Artigo : COMO OTIMIZAR O FATURAMENTO

Os problemas que dificultam a otimização do faturamento são bastante conhecidos: Glosas, devoluções, perdas invisíveis, sistemas, diversidade de regras e tabelas, burocracias, versões TISS, contratos incompletos, jeitinhos, autorizações incompletas ou incorretas e retrabalho, etc….

A conclusão é clara, neste emaranhado de conflitos, o prejuízo é enorme!

Sempre que deparamos com tais situações, costumamos culpar exclusivamente os compradores de serviços, no entanto, quando analisamos de forma criteriosa as dificuldades relacionadas, percebemos que várias soluções dependem exclusivamente de boas práticas de gestão, tais como:

1) – Gerenciar o ciclo da receita – Para que o faturamento funcione efetivamente, precisamos entender que ele é formado por um processo onde todos participam da conta, começando pela marcação e passando pelas recepções, médicos, enfermagem, farmácia e só terminando com a contabilização do recebimento.

2) – Parametrizações nos sistemas –   A utilização plena dos sistemas no setor de saúde é indispensável para a gestão profissional desejada, e para acontecer, torna-se necessária a parametrização das regras comerciais, rotinas, tabelas, padrões de cobrança, restrições de atendimento, entre tantas informações necessárias para o real funcionamento. Importante salientar que a alimentação dos dados nos sistemas é permanente.

3) – Conhecimento e Disseminação de tabelas e regras – Quando avaliamos as tabelas aplicadas hoje no setor de saúde, chegamos a conclusão que cada comprador possui preços, regras, descontos e rotinas para pagamentos, autorizações, cobranças, versões XML, diferentes, o que dificulta a gestão comercial e o faturamento. Para solucionarmos, torna-se imprescindível a criação de “Comitê da Informação”, com o papel de coletar, organizar e disseminar as informações via sistema e através de treinamento permanente

4) – Racionalização das Glosas – Quando avaliamos as atuais glosas observamos que várias delas se repetem constantemente por motivos contornáveis, ou seja,  se trabalharmos as causas mais comuns, com travamento nos sistemas dos campos obrigatórios e a permanente disseminação das informações referentes aos erros administrativos e técnicos dos setores geradores das não conformidades, será possível diminuir sensivelmente os níveis de glosas.

5) – Gerenciamento dos modelos de remuneração – Existe hoje no mercado de saúde suplementar, dois modelos básicos para cobrança e pagamento das contas Médico/Hospitalares, são eles: Contas Abertas e Pacotes. O gerenciamento e o entendimento dos modelos, determinarão os resultados financeiros do serviço, uma vez que no modelo Contas Abertas, o ritual e cobrança das contas dependerá de usar os produtos e serviços contratados, registrar todo consumo, relatar, justificar e cobrar. Já no modelo Pacotes são efetuadas cobranças globais, onde o foco está no controle efetivo do uso dos produtos e serviços.

6) – Programa de treinamento –  Criar programas de capacitação para os membros dos processos de faturamento que consiste das marcações, recepções, Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Auditores e Faturistas. Tais programas são fundamentais para otimização do faturamento.

Para que seja possível implementar e acompanhar todo processo de faturamento proposto, precisamos elaborar diagnóstico consistente, que retrate a situação real da organização e assim elaborar plano de ação que contemple as boas práticas de gestão que possibilitam a otimização do faturamento, e finalmente, monitorar os resultados de forma quantitativa e qualitativa,  pois quem não mede não gerencia.

autor : Jose Alberto Muricy 

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ativar Notificações Sim Não Obrigado